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Soberanía alimentaria y feminismo popular en Brasil

A Marcha das Margaridas é uma coalizão de movimentos feministas e de mulheres, movimentos agrários, sindicatos e organizações internacionais que surgiu no ano 2000. O processo é liderado por organizações de mulheres que fazem parte de uma confederação de trabalhadores rurais. Embora seu programa inicial incluísse demandas de classe focadas no gênero para o reconhecimento do trabalho das mulheres na produção de alimentos, acesso a títulos de terras e direitos trabalhistas, a Marcha das Margaridas incorporou progressivamente outros temas, como agroecologia e soberania alimentar. Este artigo aborda três perguntas: Como a soberania alimentar entrou em sua agenda? Como interpretam o conceito de soberania alimentar? Como a soberania alimentar pode ser entendida a partir de uma perspectiva (popular) feminista? Através de uma análise de documentos políticos, identificamos cinco temas principais no discurso da Marcha das Margaridas sobre soberania alimentar: 1) alimentação como direito e bem comum; 2) apoio estatal à produção alimentar das mulheres; 3) o valor do trabalho alimentar não comercializado; 4) recuperação ambiental através da agroecologia; 5) alimentos livres de violência, produzidos no âmbito de relações sociais respeitosas.